O Tempo vem sendo tema de conversas, músicas, livros e diversas discussões no geral, mas eu não sei se as pessoas tem consciência de verdade do valor do tempo, do próprio e das pessoas a sua volta. Minha primeira leitura desse ano foi a obra "Dá um tempo" de Izabella Camargo, tudo partiu da inquietude da mesma em se perguntar se o tempo estava realmente passando mais rápido ou não, seria apenas a impressão de alguns, sendo assim, ela entrevistou especialistas, artistas, pessoas conhecidas e desconhecidas do público em geral, em busca de responder a essa pergunta. Recomendo.
Na verdade o que me instigou a ler o livro foi a participação de Izabella no podcast de Joel Jota, cujo episódio se chama Como cuidar melhor da sua saúde mental, a entrevista em si é um aprendizado e assisti fazendo uma série de anotações. Uma coisa que me chamou bastante atenção foi quando ela falou sobre os contratos de tempo, por exemplo, um banco ou uma loja tem um contrato de tempo, uma hora certa para abrir e para fechar, e os mesmos deixam bem claro esse horário, sendo assim, se você chega atrasado ele vai estar fechado e não adianta discutir ou dar desculpas, existe um "contrato de tempo". Não há concessões, é isso e pronto, tem de respeitar.
Nós também podemos fazer contratos de tempo com as pessoas, afinal nosso tempo é muito precioso, mas o que me deixa intrigada, até que ponto os outros irão respeitar o nosso contrato? Eu tenho a impressão que não há um respeito com o tempo alheio, você percebe isso quando marcam algo às 13:00 e começa 13:30, quando dizem que vai até uma determinada hora e passa o horário estipulado. Eu sei que existe um péssimo hábito das pessoas chegarem atrasadas, porém, se eles entenderem que é aquele horário e pronto em algum momento aprendem a ser pontuais.
Se você vai usufruir do tempo do outro é essencial que você estipule o início e o fim, a outra pessoa precisa saber se ela tem esse tempo suficiente para disponibilizar. Imagine quantas reuniões poderiam ser um e-mail, quanto tempo perdido desnecessariamente.
Como mãe todo o meu tempo livre é das minhas garotas, afinal chegará o momento em que elas irão seguir o próprio rumo e eu preciso aproveitar enquanto ainda as tenho por perto. Dessa forma, qualquer coisa que queira "roubar" o meu tempo já me incomoda. Gostaria que as pessoas tivessem mais discernimento sobre isso, que respeitassem os contratos de tempo, que valorizassem o tempo das outras pessoas, entendessem que a pessoa poderia estar em outro lugar, fazendo algo mais prazeroso, com alguém especial, mas ela estar ali com você então não desperdice o tempo do outro.